Um miúdo entre graúdos. Com o cartão de cidadão a marcar apenas 17 anos, Pablo está a ter um verão para mais tarde recordar. O jovem está integrado na pré-temporada da equipa principal do Futebol Clube de Famalicão, algo que foi difícil de acreditar quando lhe foi comunicado. “O objetivo é sempre chegar à equipa principal e estrear, mas nunca acreditamos quando se fala nisso. A partir do momento em que se chega à equipa A é um nível muito acima, em termos de intensidade, de leitura de jogo, então temos de dar um clique. Mas trabalhamos sempre e estamos motivados para responder à altura”, referiu.
O percurso futebolístico de Pablo ‘foge’, curiosamente, do padrão estabelecido. O avançado começou o trajeto como federado apenas no escalão sub-17, há duas temporadas, e daí para cá seguiu-se uma trajetória ascendente. “Tive poucos jogos com os sub-17 há duas épocas. É um percurso curto, mas procuro sempre aprender e evoluir para que possa crescer cada vez mais e chegar ao topo”, projetou o avançado, que, ainda assim, foi aprendendo com um treinador especial.
“Tive boa formação pela experiência enquanto crescia. O meu pai foi jogador e isso vem de berço. Passou-me experiência, disse-me no que podia melhorar e isso ajudou-me a estar mais maduro do que se não tivesse essa experiência”, referiu o filho de Pena, antigo jogador do FC Porto, SC Braga e Marítimo.
“O meu pai está sempre a dizer que tem o recorde de 13 jogos sempre a marcar. Ele diz sempre isso e eu procuro seguir os passos dele, tentando, claro, criar a minha história. Mas é uma grande referência no futebol e na vida”, assumiu Pablo, que, de resto, já antevê uma dupla interessante com Anderson. “Eu tive muita proximidade com o Anderson e ele chegava e procurava-me ajudar. É outro nível”, explicou, dizendo que as suas características podem complementar-se com as do camisola 33: “O Anderson tenta procurar a profundidade, eu tento jogar mais apoiado e mais curto”, esclareceu.