Depois de uma época brilhante, só com vitórias e um impressionante registo de golos marcados, a equipa de futebol feminino do Futebol Clube de Famalicão viu fazer-se justiça, com a decisão anunciada, esta quarta-feira, pela Federação Portuguesa de Futebol de promoção das oito equipas vencedoras das séries da primeira fase da II Divisão Nacional de futebol feminino à Liga BPI, principal escalão nacional.
“Fez-se justiça e outra coisa não seria de esperar, depois de todo o percurso que fizemos na temporada” diz Jorge Silva. “Desde o início que traçamos a subida de divisão como objetivo e nem a interrupção dos campeonatos nos retirou essa expectativa. Fizemo-lo notar junto da Federação Portuguesa de Futebol e esta decisão hoje anunciada é um reconhecimento a todo o esforço que fizemos na promoção do futebol feminino no clube”, acrescenta o presidente do FC Famalicão.
“O mais importante neste projeto foi a forma como o clube olhou para o futebol feminino, com uma confiança de toda a estrutura e na figura do presidente, que sempre nos deram condições para realizar este trabalho” diz o treinador João Marques. Consequência disto, o treinador acrescenta que a decisão é um premio pelo trabalho da equipa. “A decisão administrativa acabou por reconhecer, não da forma como queríamos, o trabalho que fizemos, mas dentro de campo, em todos os jogos, demonstrámos ser a melhor equipa do escalão e temos a firme convicção de que este seria o desfecho se o campeonato fosse levado até ao fim”.
Na próxima temporada o principal escalão do futebol feminino vai ter 20 equipas, divididas numa primeira fase em duas séries de 10 equipas a norte e 10 a sul. A decisão da FPF foi comunicada oficialmente ao início da tarde desta quarta-feira, num comunicado onde se explica o alargamento de 12 para 20 equipas como forma de “sustentação e crescimento através do incentivo a melhores recursos humanos nos clubes com equipas femininas.
Numa fase particularmente crítica, em que está em risco o que foi conseguido no setor nos últimos 5 anos, seria importante que a FPF conseguisse auxiliar mais clubes como forma de manter o número de praticantes e a competitividade da prova e das seleções nacionais” pode ler-se no comunicado.
Jorge Silva acrescenta que agora “é tempo celebrar de forma contida pelas circunstâncias, mas também de olhar o futuro e preparar a nova temporada, que terá nova exigência mas à qual saberemos dar resposta com vitórias e alegrias a todos os famalicenses”.